Todos eles estão de olho na audiência de 40 milhões de almas que diariamente prestigiam o programa. E também, como efeito colateral, na audiência, não tão expressiva assim, do Jornal das 10, no GNT, mas que atinge um público formador de opinião.
Preocupava-me método e a condução das entrevistas. Como fazer com que a coisa fosse feita de maneira isenta?
Pensei nas seguintes questões:
- Como se decidiu a ordem dos entrevistados? Teria sido a ordem das pesquisas? Teria sido aleatoriamente?
- Como se escolherim as perguntas? Afinal, não repetir-se-iam as mesmas para todos, dando desvantagem ao primeiro;
- Em não se repetindo perguntas, como seria garantido o mesmo nível de relevância para todos?
- Como seria garantido que os candidatos, afora o primeiro, não jogassem pedra nos que o antecederam?
Tudo isso foi no futuro do pretérito pois, como demorei para colocar as questões em tela, já houve a primeira entrevista, e ficou evidente que isenção não era uma preocupação dos editores....
Tendo ou não preferência por este ou aquele candidato, preferia que a imparcialidade fosse a tônica de uma proposta como essa, do veículo de maior audiência do país.
Acho difícil repetir-se com qualquer outro candidado o que ocorreu hoje.
Enfim,
Abraço
Homero Ventura
Homero, excelente seu e-mail. Gostaria de comentar algumas colocações suas. Vamos lá:
ResponderExcluir1. A ordem dos entrevistados foi definida por sorteio, com a presença de representantes de todos os candidatos que seriam entrevistados.
2. Não sei. Só sei que, particularmente, não concordo com padronização de perguntas numa situação como essas. Serra, o último a ser entrevistado, levaria vantagem porque teria três dias a mais para pensar numa resposta já se baseando nas respostas das outras duas entrevistadas.
3. Cada candidato tem um histórico, representa um partido, uma coalizão. Cada grupo tem interesses distintos, pensamentos distintos. Logo, as perguntas elaboradas precisam respeitar esse fato. Não dá pra perguntar para a Dilma coisas sobre o governo de São Paulo, assim como não dá pra perguntar para a Marina coisas do Ministério das Minas e Energia.
4. Eleição é vidraça, Homero. Quem tem medo de pedrada não pode ir pra rua.
Nunca espero imparcialidade de nenhum meio de comunicação, Homero. Conheço jornalistas, diversos deles. Como qualquer pessoa, eles têm sentimentos, preferências... Acho que pior que ser parcial é tentar parecer imparcial. Isso seria hipocrisia...
Dizem que a Globo joga o jogo da oposição ao PT... A Veja... Mas a Carta Capital é o que senão um instrumento de mídia a serviço do PT? E a Rede Record? O que são os blogs do Paulo Henrique Amorim, do deputado Brizola Neto e do jornalista Luiz Nassif senão instrumentos de mídia a serviço do PT? O que é a "Voz do Brasil" senão um jornal diário chapa-branca pago com dinheiro público? E assim por diante...
Não há jornalismo isento. Eu, na minha modesta opinião, preferia que as coisas fossem às claras. Tipo, "nós da Record apoiamos o PT", ou "nós da Globo temos simpatia pelo projeto do PSDB", mas o brasileiro, creio eu, não está ainda preparado para isso. Somos uma democracia muito jovem, um país muito moço. Ainda temos um longuíssimo caminho pela frente.
Política é a minha praia... Adoro! Durante muito tempo eu nutri o sonho e o desejo de entrar para a vida pública... Ainda não chegou a hora, quem sabe mais à frente?
Um grande abraço,
Sorry, mas não concordo...
ResponderExcluirNão adianta perguntar o que vão fazer porque todos vão responder que vão resolver o problema da educação, da saúde, e da segurança e, ainda por cima, que vão reduzir os impostos. (Você deve ter visto a reportagem sobre a presença do Serra e da Marina num evento em São Paulo...).
As perguntas feitas ontem foram justamente aquelas que gostaríamos de fazer, para entender o posicionamento do PT na história, o que foi feito nestes 8 anos, por que algumas áreas foram privilegiadas perante outras, etc. Isto nos dá uma visão clara das intenções por trás das medidas tomadas (únicamente políticas ou também pensando na população).
Você pode até dizer que, em alguns momentos eles foram indelicados e que fizeram muita pressão. O que tem que ser entendido é que eles têm que respeitar o tempo, sob pena de responderem ao TSE. Além disso, não podem deixar os candidatos transformarem a tribuna em palanque, sob pena da entrevista ficar chata e sem conteúdo, como foi o debate da Band...
E quer saber do que mais? Eu acho que ela se saiu muito bem!
Abraço,
oi Homero
ResponderExcluirSó vejo TV prá ver futebol e olhe lá, de preferência inglês.
Prá você ter uma idéia, a perda dessa copa mexeu comigo
tanto que sou corinthiano e só vi o primeiro tempo do meu
time contra o Tabajara FC - oooops!!!!, digo flamengo.
Sim, assumidamente sou alienado, não leio e não vejo
qualquer tipo de jornal televisivo, a não ser que esteja
conversando com alguém que já esteja assistindo e, vai por aí....
Repito, sim sou alienado.
mas..........fiquei curiosíssimo com sua frase:
"Acho difícil repetir-se com qualquer outro candidado o que ocorreu hoje"
o que aconteceu?
Estou preparado para pelo menos duas respostas:
1. ignorar esse e-mail
2. ué, você não é alienado? Que seja!!!!!...
bração