Olá! Caso se interesse pelo livro,
Nossa, gente, parece que os roteiristas da série Game of Thrones ‘pularam’ o quarto livro da saga ‘A Feast for Crows’.
Claro que a linha mestra está lá, mas é tanta coisa
diferente que acontece... impressionante!!
Bem, o livro em questão é o primeiro em que há capítulos
nomeados sem o nome de personagens importantes. Então, aparecem coisas como ‘The Prophet’, ‘The
Kraken’s Daughter’, ‘The Capitain of the Guards’, ‘The Reaver’, ‘Cat of the
Canals’ e assim por diante. Sim, continuam Arya, Samwell, Jamie, e
entram Cersei e Brienne. E também, Sansa, só que a partir de um certo momento,
ela vira Alayne, filha bastarda da Lord Petyr, e não sobrinha, como na série.
Bem, no livro, depois de ajudar a eleger Jon Snow como Lord
Commander, de um jeito bem diferente que na série, Sam parte de Castle Black
com Gilly, e seu filho, e com Maester Aemon, e com mais um brother, o menestrel Daeron, com a missão de se tornar um Maester
na Citadel e retornar para assumir o cargo na Wall. Uma coisa que só acontece
no livro: quando Mance Ryder é capturado, sua mulher morre, mas tem o filho,
que é amamentado por Gilly. E na, verdade, o bebê que sai de Castle Black é ele
e não o filho de Craster, por ordem de Jon, que queria proteger o herdeiro do
King Beyond The Wall. No livro, nada de Gilly dar o nome de Sam ao rebento, em
homenagem ao seu salvador. No caminho, Sam e sua trupe param em Braavos, ficam
sem dinheiro até o próximo navio, e Sam vai buscar o tal Daeron que se
encarregara de trazer comida. No caminho, ele é abordado por transeuntes e é
salvo por Arya, já em seu ‘estágio’ nas ruas, como Cat, com sua adaga. Esse
encontro jamais acontece na série. E Jon, também não aparece como nome de capítulo,
mas dele sabemos por intermédio de Samwell. O Maester Aemon morre no navio,
depois de saber sobre Daenerys e seus dragões lá do outro lado do mundo.
Brienne entra em cena, com sua caminhada rumo ao Norte para
encontrar Sansa, mas começa a jornada sozinha, sem Podrick Paine, que só
aparece dois capítulos depois, e é apenas um menino, não um adolescente
vigoroso (o episódio dele encantando as prostitutas com sua virilidade é invenção
da série..). Aquela indecisão dele, se chama ela de Milady, ou de Ser, é muito
mais divertida. No caminho, ela se encontra algumas vezes com Randyll Tarly, o
pai de Sam, que é um comandante em busca de facínoras, e aparece ‘doing
justice’ (Este ladrão? Cortem-lhe os dedos, Esse estuprador? Suas partes, Aquele assassino: Enforquem ... e por aí vai...). Vários personagens entram e saem
pelo caminho, alguns morrendo, outros acompanhando a jornada, meio monótono....
E o encontro com Hot Pie, em que ele fala de Arya, não acontece no livro. E o
encontro com Sansa e Littlefinger, também não acontece. E pasmem, a luta entre
ela e o Hound é coisa só da série. Aliás, até o livro terminar, o Hound é
considerado morto, e não sobrevive, como na série. Aliás, nem se sabe se a própria
Brienne sobrevive, pois ela é capturada pela turma de Beric Dondarion e julgada
por uma certa Lady (que eu não vou contar aqui quem é, e que apareceu no final
do Livro 3), e condenada e tem a cabeça na forca e aí, o livro acaba....
Cersei, agora como personagem, tem seus pensamentos
diabólicos mais explicitamente detalhados, claro. Suas manobras para tirar
poder dos Tyrrel, suas richas com Margerie, suas negociações para o novo Hand
para Tommen, descartando o tio Kevan, sua amizade com uma certa Lady
Marryweather nunca aparecem na série. O novo
Septon aparece, com sua legião de asseclas, e começa a fazer das suas. Cersei
trama a prisão de Margery, acusando-a de trair Tommen, consegue fazer com que um
dos King’s Guards, Osney Kettleback, confesse o que não fez só que, ao
confessar, ele é preso e torturado e confessa que foi armação de Cersei, que
então é presa, e já começa aquele calvário que a gente vê na série. Esse
episódio é totalmente diferente da série, em que ela é presa por causa da relação
incestuosa com Jamie. E o Lord of Flowers não é preso pelos crimes
homossexuais dele, como diz a série, mas está lá entre a vida e a morte, após
conquistar Dragonstone.
Jamie não é treinado por Bronn, demora a ganhar a mão
dourada, se recusa a usá-la. Não é Jamie (muito menos Bronn) quem vai buscar
Myrcella em Dorne, mas Balon Swan, um dos King’s Guards. Aliás, vários
capítulos são dedicados a Dorne, aparece um caso tórrido desse cavaleiro com
Aryanne, uma filha do Príncipe Doran, que prende as filhas bastardas do Red
Viper Oberyn, que querem vingar sua morte pelo Montanha, matando Myrcella. Aryanne
convence Balon que Myrcella deveria ser a rainha, e não Tommen, e traçam um
plano furado, raptam a ‘would be’ Queen (o capítulo se chama ‘The Queen Maker’),
mas são descobertos e Balon perde a cabeça, literalmente.
Aqui no livro, outra história é contada com muito mais
detalhes (e muitas diferenças) que na série. O reino das Iron Islands começa
com a morte anunciada do rei Balon Greyjoy, apenas anunciada, e não narrada, e
não ficamos sabendo que foi seu irmão Euron, retornado de três anos de esbórnia
e matanças, que o matou, empurrando-o de uma das pontes. Capítulos são
dedicados a seus outros irmãos, o pastor Aeron Damphair e seus rituais de
afogamento - what is dead can never die – e a Victarion Greyjoy, comandante da frota, e
a Asha (a Iara da série, irmã de Theon) buscando apoio para o ‘kingsmoot’, um ritual de escolha do novo
Rei, uma vez que, na ausência de Theon, presumed
dead, ela deveria ser a rainha, mas é mulher, então todo o reino das Iron
Islands é convocado para proclamar o novo Rei, dentre os que se apresentarem e
mostrarem que são merecedores. Vários capítulos são dedicados a isso. Gente, e
aquela tortura toda do Ramsey Snow no Theon Greyjoy ainda não deu as caras no
Livro 4. Nada se sabe do pobre capado.
Ah, eu falei de Tyrion, ou Daenerys??? Não?? É porque eles simplesmente
não aparecem no livro 4!! Pode?? O Livro 3 havia terminado com Daenerys
conquistando Mereen e com Tyrion fugindo de King’s Landing após matar Tywin, e
assim ficamos sem notícias deles ao longo de todo o Livro 4. Portanto, aqui,
nada de dragões, a não ser em conversas sobre a sua existência lá do outro lado
dos 7 reinos. O autor até brinca com isso, em mensagem no final, perguntando se
os leitores sentiram falta dos personagens... Claro que sim!!
O que aconteceu é que o livro 4 que George Martin escreveu
ficou grande demais... tipo 2000 páginas. Então ele decidiu dividir em dois, só
que, só pra atazanar, ele decidiu concentrar no livro 4 real, aquilo que se
passava a partir de King’s Landing. Então, o caminho de Tyrion para se
encontrar com Daenerys e tudo sobre a Mãe dos Dragões, ele deixou para o livro
5. Sacanagem!
Imagino a angústia de quem estava só na leitura....
Como vêem na foto, acabou minha caxinha, que agora não
comporta os 4 livros originais e suas 4.000 páginas inchadas. Aguardo chegar o
quinto, A Dance With Flowers
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