Extremamente positivo o fato de a Presidente Dilma ter escolhido o tema 'Educação' para o seu primeiro discurso à nação, e nele ressaltar a importância do papel do professor. Como disse a Lucia Hippolito hoje, 'não é computador nem escola bonita que vai fazer a diferença!".
É isso! De que adianta isso tudo se não se sabe ler e não se sabe por / tirar / repartir? E quem é que ensina esse básico? É a professorinha!!
Fiquei com a impressão de que há a vontade de se melhorar. Não podemos mais aguentar esse estado de coisas como no ano passado. Na minha retrospectiva do ano, que não saiu, meu versos sobre Educação eram:
A pesquisa assegura:
Não depende de idade!
Em matemática e leitura,
Só ganhamos do Chade!
Exagerei um pouco, e só escolhi o Chade pois foi o país mais pobre que já visitei. Agora surgiu um pior, o Sudão do Sul, recentemente criado, por plebiscito. Ele escolheram separar-se do norte, que é a parte mais rica, e fundaram o país que já nasce como o mais pobre do mundo. Pode?
Bem, é na Educação Básica que vamos conseguir alterar, no futuro, o problema que temos hoje: falta de mão de obra qualificada. Esse é o maior problema, por exemplo, para os programas do Pré-Sal: falta de gente preparada pra fazer o que precisa ser feito.
É um programa de longo prazo, cujo benefício virá em governos posteriores!
Será que a coisa está mudando? Um governo plantar para outro colher?
Me belisca, por favor!!
Homero Sempre Tolinho Ventura
Bem alinhado com o comentário que fiz a respeito do Brasil no texto sobre o ex-vice José Alencar.
ResponderExcluirAgora vai! Será?
Esperamos que sim!
ResponderExcluirAbs,
Igrejas
Eu acho que investir no professor é um progresso, sem dúvida. Mas, na verdade, há uma questão que julgo tão ou mais importante do que isso. Há alguns anos, em Minas, fizeram uma pergunta aos alunos da rede pública: O que vcs acham que é deteminante para determinar o nível social das pessoas? A educação terminou em quinto ou sexto lugares, atrás de local/família de nascimento, casamento, raça, sorte/azar e outra que não me recordo. Isto posto é importante perceber que o interesse do aluno pobre, que usa a escola pública, é VITAL para o sucesso do ensino. Se o indivíduo julgar que apenas uma leitura básica e saber "dar o troco" bastam para suas percepções de futuro, acredito que nem escola bonita, nem computador e NEM PROFESSOR excelentes darão jeito. É preciso fazer com que as classes D e E vejam a educação de seus filhos como O MAIOR promotor da ascenção social. É preciso motivá-los a sonhar com uma vida melhor.
ResponderExcluirTemos a impressão, muito nobre, de que tudo depende de apenas nós, mas grande parte depende do próprio aluno. De nada adianta melhorar a infraestrutura educacional se o interesse for o mesmo.
Bom, é assim que eu penso.
No que diz respeito à Educação, Homero, na minha visão falta planejamento. O INEP, que é o órgão do MEC responsável pelo planejamento da política educacional, está sendo alvo de politicagens diversas. A troca de comando no INEP foi lamentada pela maioria dos pesquisadores do órgão. Conheço uma pessoa lá dentro, absurdamente competente, e o desânimo com o que vem acontecendo é evidente.
ResponderExcluirVontade não é nada sem planejamento. A fala de Dilma foi vaga: "Vamos valorizar o professor", "Vamos melhorar a Educação", "Vamos anunciar em breve o ProTEC".
Em São Paulo, o governo Serra instituiu uma maneira diferente de remunerar o corpo docente: terá reajuste maior o docente que tiver melhor desempenho, medido através de uma série de indicadores (notas dos alunos, comportamento da turma, nível de aperfeiçoamento etc.). O PT, oposição em SP, julgou isso "um absurdo". Então, o que é "valorizar o professor" para Dilma? Não sei.
Estão tratando o ensino técnico como se ele fosse a salvação da lavoura. Não é. Eu fiz meu segundo grau em escola técnica (de excelente nível, diga-se de passagem) e o ensino curricular normal é sofrível. O mundo hoje pede profissionais com visão holística, capazes de entender e analisar o que fazem. Será que a "revolução" na educação brasileira é retornar aos anos 1950, quando a Alemanha formava apertadores de botão com diploma? Não creio. É importante, tem sua função, mas não a ponto de ser tratado como "prioridade" pelo governo.
Políticas educacionais não são eficazes se não forem acompanhadas de políticas públicas que as respaldem. O problema hoje é muito mais de família, ou melhor, de total desestruturação familiar do que qualquer outra coisa. Civismo, moral, ética, direitos e deveres a gente aprende em casa. Ou deveria aprender em casa...
Em resumo: só acredito vendo.
Sobre o Sudão do Sul, há dois motivos fundamentais para a secessão: 1) questões religiosas (o norte é muçulmano e o sul é cristão), 2) o sul é a região rica em petróleo e a renda oriunda da exportação (feita por ativos localizados no norte) era distribuída de maneira desigual entre as regiões.
Chefe Homero
ResponderExcluirEspero que tudo dê certo mas,.... os políticos falam em educação como foi dito em vários comentários no blog além do seu, como se fosse dar condições para o aluno estar bem "alojado" em uma sala nova, (as antigas são de outros políticos) com ar condicionado, muito lanche, muita música, enfim muita aparência.
Além do bom aprendizado, com professores bem pagos para terem "tesão" para aturar uma turma enorme, o principal para mim quando se fala em educação já que muitas famílias não as tem devido suas formações de longos anos com políticos pensando em aparecer, QUE OS PROFESSORES ENSINEM O QUE É SER UMA PESSOA EDUCADA, além de saber ler, escrever, calcular, entre outras.
No meu tempo havia a matéria que acho que você teve, chamada EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA.
Todos os dias de manhã entro no ônibus e o mesmo está cheio de alunos da rede estadual, tudo de grátis, sentados e os idosos , gravidas, deficientes, etc. em pé, logo cade a Educação básica?
Abraços
O Sudão do Sul é pobre e o do Norte é rico? Eu pensava que era o contrário afinal o do norte é islamico e o do sul cristão. Além disso, o do Sul tem petróleo (acredita-se). O "porém" é que o petróleo do Sul, para ser comercializado, precisaria passar pelo Sudão do Norte e um acordo será necessário.
ResponderExcluirBaseei-me em algumas declarações que li, tipo:
ResponderExcluir"Certo é que o novo país, se as expectativas se confirmarem e o plebiscito sobre a independência for aprovado em janeiro, já nascerá o mais pobre do mundo. A previsão é da ONU."
... quando ainda não se tinha o resultado do plebiscito.
Ainda...
"Mais de 90% dos 10 milhões de habitantes vivem abaixo da linha de pobreza. Apenas 10% das crianças são vacinadas. Virtualmente todas as mulheres (92%) são analfabetas.
Cerca de 45% da população não tem comida suficiente, sendo 18% em 'risco crítico' de desnutrição. A região, que faz fronteira com a Etiópia, ganhou da ONU o título de 'capital mundial da fome'."
Mas é certo também que o Sul tem reservas de petróleo não exploradas, mas que dependerá do Norte para seu escomento.
EDUCAÇÃO é a infraestrutura da cidadania... é a semente que se transforma na frondosa árvore.
ResponderExcluirInfelizmente tem sido usado ( no sentido mais pejorativo), pelos candidatos. Erradicar pobreza, sem injetar ensino é "nonsense". Se saem de baixo, querem subir, mas como?????? se faltam os conhecimentos. Os professores em todos os níveis, são muitíssimo mais importantes, em termos qualitativos dos que os parlamentares. Para chegarem a este patamar, tirando algumas recentes excessões são necessários CONHECIMENTOS... e quem dar, tirando as vocações auto-didatas ????????
Elementar, meu caro leitor...
Como construir um país do futuro, sem a base da educação.... mais do que elementar, é ÓBVIOOOOOOOOOOOOOO... mas quando e como veremos isto funcionar se depende dêles, e esta capítulo não rende rendimentos políticos. Sim, o tal custo político é tudo neste PAIS.
Paulus
Certo é que só professor não basta, e quero crer que ensino decente de leitura e matemática não se limitaria ao básico e a 'aprender a dar troco'...é um pouco mais abrangente. E o papel do professor não seria restringido a apenas isso, e esse é o sonho de minha filha, que apresenta lá embaixo.
ResponderExcluirEsta minha réplica é motivada pela observação comum a vários de meus comentadores (obrigado, obrigado, obrigado), que transcrevo:
1. “É preciso fazer com que as classes D e E vejam a educação de seus filhos como O MAIOR promotor da ascenção social.”
2. “O problema hoje é muito mais de família, ou melhor, de total desestruturação familiar do que qualquer outra coisa. Civismo, moral, ética, direitos e deveres a gente aprende em casa. Ou deveria aprender em casa...”
3. “QUE OS PROFESSORES ENSINEM O QUE É SER UMA PESSOA EDUCADA, além de saber ler, escrever, calcular, entre outras.”
E todas elas remetem a um projeto de minha filha, o Calendário das Virtudes, que eu convido todos a visitarem, em
http://blogdohomerix.blogspot.com/2010/04/calendario-das-virtudes.html
Vejam se não é por aí!
O mais importante é o ensino da moral e das virtudes. Sem isso, só estaremos formando delinquentes inteligentes. Vários corruptos tiveram educação superior. Nem por isso deixaram de ser corruptos. E o Brasil precisa é acabar com a corrupção! Para isso, o povo precisa ser educado em virtudes, discutir isso em sala de aula, aprender a respeitar o próximo, a pensar nas consequências de seus atos para o país, para o vizinho, etc etc etc.
ResponderExcluirSe não, de nada adianta saber matemática e português.
Alguém aí em cima elogiou o programa do Serra de remunerar melhor os professores que dão mais resultado. Mas como são medidos esses resultados? Com notas de provas de múltipla-escolha? Isso não é medir o quanto o aluno aprendeu; É medir o quanto o aluno decorou.
Os melhores professores são aqueles que ensinam os alunos a pensar, fazer análises, etc. Seus alunos geralmente vão pior em provas desse tipo, mas são pessoas mais inteligentes, que se tornarão os profissionais mais inovadores no futuro. Então, acho que esse tipo de política acaba premiando professores que enfatizam a decoreba, e não professores que ensinam o aluno a pensar.
Se fossem provas de redação, aí sim, talvez desse para ver o resultado de bons professores.
Taí o que eu disse ali em cima!!!
ResponderExcluirVisite
http://blogdohomerix.blogspot.com/2010/04/calendario-das-virtudes.html
Vejam se não é por aí!
No assunto educação, estou cansado de ver só conversa mole e muita vontade política...de aparecer. Projeto de educação é projeto de longo prazo. Os frutos de um projeto dessa natureza não aparecerão imediatamente. Talvez, por essa razão fundamental, o assunto tem se resumido à forma do saudoso Rolando Lero de tratar o assunto. Onde está o projeto de educação para o Brasil? Para todos, de fato e de direito. Com investimentos prioritários, prazos e metas tangíveis, sustentáveis no tempo e com conseqüências para os administradores que não as cumprirem. Conseqüências as temos, há muitos anos, pela falta de projeto educacional sério. Essas conseqüências estão fartamente distribuídas para toda a sociedade, sobretudo para as classes menos favorecidas, que não têm recursos para educar decentemente seus filhos. Pior, todos pagamos o preço por esses desmando s, por essa irresponsabilidade histórica, que tem nos mantido no terceiro mundo. Está na hora daqueles que governam mostrarem o porquê se candidataram a esses postos e deixarem de lado a contumaz administração do umbigo. O Lula disse que fez uma revolução na educação. Se fez, então ficou só para ele. O que houve foi uma involução, pois como não conseguia, ele mesmo, entender e usar elementos básicos do idioma, como o trema ou a acentuação de paroxítonas terminadas em ditongo, por imposição, por decreto, unilateralmente, acabou com o "problema", através da boçal reforma ortográfica, que jamais adotarei, pois com essas mudanças o Lula roubou do idioma o seu caráter de escrever o que se fala e vice-versa.
ResponderExcluirInsisto, quero ver o projeto de educação, a sua implementação e o cumprimento. Só isso!
A educacao eh importante, pois mesmo que ela nao tenha sido aprendido com a chamada "etica", o fato de a pessoa ficar preparada para conhecer e habilitado a buscar novas informacoes, faz com que o pais desenvolva.
ResponderExcluirVeja os exemplo da asia. Encontramos corruptos em todos os lugares, mesmo em paises de alto nivel de educacao.
Ha alguns anos atras, tive a oportunidade de assitir a diplomacao do curso de alfabetizacao realizado pela Petrobras na selva amazonas, precisamente em Urucu.
ResponderExcluirO discurso do representante dos diplomados foi muito marcante.
ele comecou falando assim:
Os senhores que sao doutores, pensam que eh sacrificio para nos trabalhadores, apos 12 horas de trabalho no campo, como peao, vir para escola de noite e estudar e aprender.
A escola tem iluminacao, tem ar condicionado, tem professores altamente capacitado, e agluns ainda acham que eh um sacrificio estudar.
E ai ele contou a historia dele.
Quando era crianca, morava no meio do seringal, e a escola que eu frequentava sozinho para chegar eu precisava andar uns 30 minutos para chegar no igarapeh, onde pegava uma canoa e descia o rio gastava aproximadamente 1 hora para chegar a escola, onde era uma instalacao de pau a pique, com uma professora que mal sabia ler.
E para voltar tinha que remar rio acima onde gastava no minimo duas horas e depois andar de volta para minha casa onde nao tinha luz eletrica.
Este trecho foi parte do discurso, por isso entendo que eh importante a educacao por si proprio. muitas vezes nao eh necessario ensinar a etica, as pessoas com capacidade de obter informacao passa a raciocinar por si proprio.
Amigo Homerix,
ResponderExcluirÉ realmente especial o comentário feito pela Esperantriz (sua filha) sobre o seu post. Ralph Waldo Emerson dizia que inteligência vale muito, mas caráter é mais importante que o intelecto. A inteligência é neutra e cabe ao caráter decidir se ela será usada para o bem ou para o mal. Podemos formar cidadãos dispostos a melhorar a sociedade ou – como diz a Esperantriz – delinquentes inteligentes. Sua filha diz que vários corruptos tiveram educação superior. Acho estranha a expressão educação superior. Não seria melhor instrução superior? Em que – realmente - pessoas que passaram por ela ficaram superiores? Gosto muito de uma frase atribuída – se não me engano - a Sêneca que indaga: “De que adianta saber o que é uma linha reta, se não se sabe o que é retidão?” Os melhores professores não são os que ensinam a dar respostas certas ao que é perguntado e sim os que os ensinam a pensar e a fazer as perguntas certas que evidenciem os problemas que nos afetam para que possamos resolvê-los.
Repasse a sua filha os meus parabéns pelo brilhante comentário.
Abraços,