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domingo, 17 de fevereiro de 2013

GPS - Gente Perdida e Surtada


Quando minha sogra caiu, e veio como diagnóstico 'repouso prolongado em casa', logo pensei em Seu Aroldo. Recomendara o belo serviço que ele presta a alguns amigos, que ficaram muito agradecidos. Agora tinha chegado minha vez. Falei com ele, que me disse que eu teria que ir lá ao seu depósito para assinar o contrato e escolher a cama hospitalar de minha preferência. Soube que era em Duque de Caxias, e quando ele ia me explicar como chegar, eu disse: 'Precisa não, Seu Aroldo, eu tenho GPS no carro, só me dá o endereço', todo bobo estava com o equipamento instalado a bordo de meu veículo...

Dia seguinte, 7 da manhã, entro no carro e programo: cidade Duque de Caxias, Endereço Av. Presidente Kennedy número tal, OK, vi a distãncia, 42 Km, e vem o aviso: 'A rota pode ter estradas não pavimentadas, OK?'. Tudo bem, aceitei... e aí fui.... Rebouças, Francisco Bicalho, Perimetral, Av. Brasil, Rio-Petrópolis e então vem o aviso: 'A 600 metros saia da rodovia', tudo bem ... 'A 300 m dobre à direita', tudo bem... vira pra lá, vira pra cá, começo a ver que estou deixando a urbanização para trás, e entrando numa zona mais simples, tipo assim começam a aparecer charretes... e aí vem o avisado: pista de terra. Tudo bem, o GPS havia avisado... mas deve estar chegando .... e vira pra lá, pra cá ... buracos enormes, solavancos, e eu agradecendo que estava um dia de sol... uma chuvinha e aquilo virava um lamaçal intransponível... fui indo, entrei num parque industrial ... decidi parar pra perguntar assim que encontrasse um ser humano.... demorou uns 3 minutos... "Ih, dotô ... tá longe ... volta tudo até encontrar o asfalto ... assim que passar o Hospital de Saracuruna, ... " ... aí eu desliguei das instruções e pensei "Conheço, bom Hospital, que tirou o arpão da cabeça daquele cara..."... aí fui seguindo as instruções, enquanto o GPS continuava tentando me levar de volta ao lamaçal ...'a 100 m faça um retorno' ... e em breve me perdi de novo e o novo benfeitor diz: "Ih, dotô ... tá longe ... conhece o aterro de Gramacho?" ... e então imediatamente me vi no lixão, me encontrando com Nina, Batata, Lucinda e Nilo, mas tudo bem, tentei seguir os passos dele, e em breve, senti a necessidade de novas instruções e aí ouvi: "Faz isso, faz aquilo, pega a entrada para Xerém ..." e pronto, me imaginei tomando um chopp com Zeca Pagodinho .... ora ora ora ... o GPS me proporcionou quase conhecer lugares que eu só ouvira falar na TV e nos jornais. Cheguei à Casa do Alemão, que era o ponto de referência de todos os meus instrutores, e pra confirmar que estava perto, desci e conheci a casa, famosa por seus quitutes, comprei um vidrinho de amanteigados e afoguei minhas mágoas nuns palitinhos de chocolate acompanhados de Grapette (quanto tempo!!). Mesmo perto, ainda me atrapalhei com uns retornos de rodovia, quase paguei pedágio, mas cheguei! Às 10:30!! E pra completar, quando escolhi uma opção de cama hospitalar, e mandei uma foto pra Neusa, assim que mandei, notei a identificação da foto e notei que estava em Belford Roxo ... daí pra desfilar na Inocentes de BR era um pulo!!!

Que beleza!!

Tenho que aprender a programar melhor meu GPS.... se ele não servir pra essas horas, de nada serve!!!

10 comentários:

  1. Homero:
    Não fique chateado, não! Outro dia Rafa teve que ir a Jacarépaguá e o GPS acabou mandando ele voltar pela Estrada Grajaú-Jacarépaguá. Chegou em casa morto de calor, casadíssimo e estressado, com vontade de jogar o GPS no lixo. Na ida, o GPS mandou ele ir pela Barra. Portanto, não é sua culpa.
    GPS no Brasil é que não funciona.
    Beijos,
    Ana Clark

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  2. Desculpe, Homero, mas a-do-rei a narrativa do seu "périplo" rsrs
    Abraço grande da Rosana

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  3. Homerix, tenho um GPS Tom-Tom que volta e meia fica Tã-Tã... Abs, Camargo

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  4. Homero, esteja certo de uma coisa, o seu GPS funciona. O meu também faz as mesmas coisas e vive RECALCULANDO não sei o que ou acho que só conseguiu aprender a falar essa palavra. Mas o importante é que o seu GPS interno funcionou e conseguiu encontrar o Seu Aroldo.
    Um grande abraço para ele e estimo o pronto restabelecimento da sua sogra.
    Abraço.

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  5. Muito boa a crônica. Está voltando à sua boa forma...

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  6. GPS é uma mão na roda em alguns aspectos mas uma verdadeira roubada em muitas outras....

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  7. Homero

    Só usei esse aparelho uma vez e mandei para escanteio.
    Conheço bem Saquarema e uma noite tive que ir até lá e resolvi testar um desses parelhos que tinha adquirido.
    Programei e quando entrei na Alameda ele me mandava voltar e pegar a Niteroi Manilha. Não obedecia e ele ficava enlouquecido.
    Entrei na Amaral Peixoto em direção a Marica e pobre coitado do GPS endoidou de vez, pois mandava eu ir em direção a praia em qualquer “picada” que aparecia às margens da estrada.
    Claro que passei a não me importar com os avisos, considerando o meu conhecimento de toda a região.
    Chegando a Saquarema, resolvi seguir os avisos e ... surpresa; fui parar á beira da lagoa antes de atravessar a ponte e se eu estivesse em velocidade acima de 80 teria mergulhado. Tive que engatar uma ré e então voltei ao “comando manual”. Desde então nunca mais usei o aparelho. Prefiro perguntar. É mais seguro.

    Itamar

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  8. Homero, você não programou mau o GPS. Os GPS são loucos e desatualizados. Quantas vezes no visor eu saí fora da pista, mas na verdade estava na estrada certa!! Já passei por várias situações dessas em diversos lugares do mundo e o velho bom mapa de papel e dos guias que me salvaram. O ideal é sempre olhar no google e depois conferir com algum mapa ou conhecido que more ou conheça o entorno, se não vira turismo de aventura! rsrsrsrsrs Abração!

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  9. Sempre fui adepto do bom a velho mapa de papel e durante anos relutei em usar o GPS.
    Há alguns anos fui a um aniversário numa casa de festas pra lá de Niterói (Itaipu) e tentei usar o GPS do celular que insistia em me mandar entrar numa rua de terra numa vizinhança assim, digamos, despossuída. Achando que estava errado passei direto todas as vezes e ele lá recalculando e mandava eu entrar na tal estrada de terra.
    Aí fiz como você: parei pra perguntar. E o caminho era mesmo pela estrada de terra!
    Depois disso passei a estudar a rota com antecedência no google maps.
    Mas mesmo assim, costumava dizer: GPS é para os fracos!
    Na última viagem ao exterior levei um GPS emprestado de um amigo e foi de grande valia e acabei dando o braço a torcer. Acabei ganhando um de minha esposa no natal (que ainda está na caixa...).
    O GPS do meu atual celular é ridículo. Além do sotaque lusitano, no meio do caminho deu a seguinte instrução: "Siga em frente 200 m e em seguida siga em frente".
    Cheguei à conclusão que a marca e o sistema de mapeamento de rotas faz muita diferença e que sempre é bom estudar o caminho antes, pra não depender exclusivamente das indicações do GPS, especialmente no Brasil em que as ruas de áreas carentes nem sempre são devidamente registradas e há muitos loteamentos clandestinos.

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  10. Totalmente de acordo com o Nagle. O melhor é sempre conferir o caminho com antecedência. Principalmente devido a todas as facilidades que temos na Internet, como o Google Maps. Mesmo no exterior (e principalmente no exterior, onde tudo é muito bem sinalizado), basta dar uma verificada no computador ou em um mapa de papel. A única vez que levei um GPS, me dei mal. O aparelho me orientava a entrar em ruas de pedestres e até em contra-mão. Assim sendo, o título do post está mais do que apropriado...

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